Infantil


Quando encontramos alguma atividade que nos agrade muito, é natural sentirmos a necessidade de apresentá-la para todos ao nosso redor, correto? Ainda mais quando somos responsáveis pela educação das crianças, queremos que elas conheçam aquilo que nos faz bem e – por que não? – que gostem das mesmas coisas que nós. E é com esse espírito que muitos pais levam seus filhos para pescar, querendo que as crianças adquiram os mesmos hábitos e hobbies.

Mas a pescaria pode ser tediosa e cansativa para os menores, principalmente se não forem tomados alguns cuidados. Jair Rigotti, pescador há muitos anos e apresentador do programa Hora do Pescador (exibido há 12 anos pela TV Record de Rio Preto, São Paulo), alerta que o primeiro contato da criança com a pescaria deve ser planejado para o sucesso. “O melhor caminho é evitar a frustração da criança”, comenta Rigotti. Ele indica que o programa não seja em rios ou represas. “Se a dificuldade de pesca for maior e a criança não conseguir pegar peixes rapidamente, ela vai desanimar e a pescaria se tornará um fardo”.

O truque, então, é levar a criança a um pesque-e-pague, o famoso pesqueiro. Rigotti explica que nesses locais existem mais peixes, portanto a pesca é facilitada, além de existir uma infraestrutura que proporcionará um conforto maior para a família. “O pesque-e-pague tem restaurante, banheiros, enfim, uma estrutura elaborada que vai tornar a experiência muito mais confortável principalmente para as crianças – diferente de um rio ou barco, por exemplo”, conta.

“Esse é o melhor caminho para introduzir a criança na pesca. Dessa forma, ela vai virar uma companhia para o pai nas pescarias, mas, para isso, precisa sentir o gostinho de fisgar alguns peixes já na primeira tentativa”, afirma Rigotti.

O pescador ainda alerta para que os pais evitem pescarias mais prolongadas até que a criança esteja maior e mais apaixonada pelo esporte. “Se para um adulto dois ou três dias de pescaria já são cansativos, pense para uma criança?”, questiona. E mesmo durante os programas mais curtos vale sair de casa munido de jogos ou outras atividades pré-planejadas, para evitar o tédio dos menores.

Aparelhagem

Emprestar aquela velha vara de pescar para o seu filho não vai estimulá-lo muito a fisgar alguns peixes. Rigotti recomenda que seja adquirida uma vara especialmente para a criança. “Ela vai se sentir importante e reconhecer a importância do instrumento de pesca”, conta. Ele indica uma vara telescópica, com tamanho de 2 a 3 metros. “Essa vara serve para, por exemplo, pescar uma tilápia, que existe em abundância nesses pesqueiros”. Como isca, vale investir em bolas de massa que os próprios locais disponibilizam – a criança pode não querer mexer com minhocas ou outros bichinhos.

“A pescaria é contato com a natureza, alegria, participação e lazer”, afirma Rigotti. “A criança vai se sentir amada por participar dessa atividade com o pai, partilhando os mesmos gostos e preferências”. Mas vale o alerta do pescador experiente: se a criança não se interessar, é melhor não forçar a atividade. “O que vale é o tempo passado em família, junto à natureza”.

Preste atenção!

As dicas abaixo podem facilitar ainda mais seu programa de pescaria entre pai e filho. Confira:

- Entregue a vara já com a linha e boia para a criança;

- Escolha um local com peixes, porém não fique muito próximo a outros grupos de pescadores. A criança pode se empolgar na hora de lançar a linha, então precisamos prever acidentes;

- Monte um pequeno aquário com isopor e água. Assim a criança pode ver tudo o que pescou.

Fonte: www.Dicasautore.com.br